sábado, 19 de abril de 2008

TRANSITO: Sexta-feira com seis mortes na estrada

A Brigada de Trânsito da GNR registou 358 acidentes de viação na sexta-feira, dos quais resultaram seis mortes, tendo sido detidos 14 condutores por excesso de álcool ou falta de carta de condução, indica o site oficial da GNR. Dos acidentes de viação resultaram também 139 feridos, dois dos quais em estado grave, refere a mesma fonte. Na sexta-feira, a BT/GNR fiscalizou 2.104 condutores, elaborando 1.096 autos de contra-ordenação, dos quais 469 correspondem a infracções graves e 49 a infracções muito graves. Foram detectados 303 excessos de velocidade e 119 condutores ou passageiros sem cinto de segurança. Por falta de seguro obrigatório foram levantados 12 autos. O controlo do álcool na estrada abrangeu 605 condutores: 23 apresentaram excesso, dos quais seis foram detidos por ultrapassarem 1,20 gramas de álcool por litro de sangue.Foram ainda detidos oito condutores por conduzirem sem carta. A BT/GNR informou ter prestado auxílio a 145 condutores.

5 comentários:

luafeiticeira disse...

De uma alentejana um beijo para outro alentejano

Zé do Cão disse...

Se as razões das multas foram estas, perfeitamente de acordo.
Até acho que por falta de seguro e excesso de alcool, as multas deveriam ser muito mais pesadas.
Todavia não concordo, com multa tão penalizante quando alguem se esqueceu da carta condução.
Isso não faz perigar a condução em nada, nem contribui para a sinistralidade.

Carlos Rebola disse...

Pois é...
Este drama, tem que acabar. Não é possível (correcto) continuar com tanta morte e sofrimentos nas nossas estradas, e querermos lutar contra guerras, que fazem menos mortos, que as nossas estradas, diga-se condutores,... a verdadeira guerra está aqui no nosso país, lutemos contra ela cívicamente.
Obrigado pela chamada de atenção e um abraço
Carlos Rebola

Florival Pinto disse...

Idosos: Donativos "compram" vagas em lares apoiados pelo Estado

** Joana Pereira Bastos, Agência Lusa **

Há lares sem fins lucrativos apoiados pelo Estado que "vendem" vagas em troca de avultados donativos, deixando em lista de espera os idosos mais carenciados.
A própria confederação que representa as instituições de solidariedade reconhece que alguns lares "se vêem forçados a recorrer a esses estratagemas" para fazer face aos custos. A Segurança Social sabe da prática, que pode constituir um crime de burla, mas admite ter dificuldade em actuar.
No final de 2006, Graça (nome fictício) tentou pôr a mãe, então com 92 anos, no lar da Santa Casa da Misericórdia de uma vila transmontana, onde lhe pediram 15 mil euros. Disseram-lhe que "havia uma longa lista de espera e que se não pagasse davam a vaga a outra pessoa".
Perante a situação, os familiares decidiram procurar outros lares. Numa instituição de solidariedade social da área metropolitana do Porto, a mãe ficou em lista de espera, a aguardar uma resposta da direcção.
Passados alguns meses, Graça voltou a contactar a instituição de beneficência apoiada pelo Estado. A resposta já não a surpreendeu: "Disseram-me que iam ser francos, que havia pessoas em lista de espera dispostas a pagar cinco mil euros. Ficou decidido que se eu desse essa quantia, a minha mãe tinha uma vaga. Paguei mil contos, deram-me um recibo a dizer 'donativo' e ela entrou logo".
A história de Graça é apenas uma entre muitas, segundo a Rede Internacional de Prevenção da Violência Contra a Pessoa Idosa, que garante que situações como esta são generalizadas em Portugal.
"Não tenho nenhuma dúvida de que isso acontece em larga escala e que precisa de uma investigação judicial", disse à Lusa José Ferreira Alves, representante português nesta rede internacional, classificando estes casos como "uma pouca-vergonha".
O próprio representante de Portugal também tem uma história para contar. Há cerca de 15 anos, o seu pai precisou de ir para um lar e, já na altura, teve de "dar mil e tal contos só para poder entrar".
"Não ficou nada registado, ficou tudo no segredo dos deuses", relata, adiantando que "a situação ainda acontece muito nas Misericórdias e nas instituições particulares de solidariedade social (IPSS)".
Em declarações à agência Lusa, o presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), Edmundo Martinho, sublinhou que "a pressão para dar donativos em troca de uma vaga é completamente ilegal e constitui um crime de burla".
"A grande maioria das instituições não utiliza essas práticas, mas sabemos que essa realidade existe. Já nos chegaram cartas, algumas das quais anónimas, a relatar essas situações", afirmou o responsável do ISS.
Edmundo Martinho garante que o instituto tentou investigar os casos, mas afirma que "é difícil provar que os idosos foram pressionados a fazer um donativo para assegurar a vaga e que só entraram porque deram esse dinheiro".
No ano passado apenas uma queixa relacionada com esta matéria deu entrada na Procuradoria-Geral da República, que a remeteu para a Inspecção-Geral da Segurança Social.
O representante da Rede Internacional de Prevenção da Violência Contra a Pessoa Idosa lembra que, muitas vezes, "os familiares têm medo de fazer queixa porque temem que o seu pai ou a sua mãe venham a sofrer represálias dentro das instituições".
Apesar de ser muito reduzido o número de denúncias formais, cerca de 20 por cento dos idosos que estão a viver em lares admitem ter feito doações para poder entrar, de acordo com um inquérito realizado em 2004 pelo Instituto para o Desenvolvimento Social (actual ISS).
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), que integra cerca de 2.500 IPSS e algumas Misericórdias, tem dado orientações aos lares para não condicionarem as vagas à entrega de donativos, considerando que "isso não é claramente uma boa prática".
No entanto, o padre Lino Maia, presidente da CNIS, salienta que "muitas instituições estão a lutar pela sua sobrevivência", uma vez que a comparticipação do Estado por cada idoso, fixada nos 330 euros mensais, não chega a metade do custo que, em média, um lar tem por cada pessoa internada.
"Algumas instituições vêem-se forçadas a recorrer a esses estratagemas", afirmou, admitindo que esta prática prejudica os mais carenciados, os mesmos que as Misericórdias e IPSS devem ajudar prioritariamente.
Para evitar estas situações, o padre Lino Maia defende que deve ser criado um novo modelo de financiamento, segundo o qual a comparticipação do Estado não é fixa, mas atribuída em função dos custos reais dos lares e da situação económica dos seus utentes.
Em Portugal, existem 1.583 lares legalizados, dos quais 1.184 apoiados pelo Estado através de acordos de cooperação que abrangem mais de 46 mil idosos.

Anónimo disse...

Florival Pinto. A tua chamada de atenção é muito valido. Só que me parece neste caso a despropósito.
O assunto a tratar aqui neste momento é o transito e a morte nas estradas.
Assim, ambos os casos a merecerem um bom debate (estou farto deles)e denuncias, também conheço alguns casos, acabam por se desperdiçar e não valem um cavaco.
Cabe ao TEMPLO DO GIRALDO, fazer esta cordenação. Coordenação que não lhe vejo fazer,